Câmara reconhece Spring Break como Patrimônio Cultural Imaterial de Viçosa

Edição por: Kayky Mayron e Rafael França

Na última reunião, realizada na segunda-feira, 25, a Câmara de Viçosa aprovou, por sete votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções, o Projeto de Lei (PL) nº 82/2025, de autoria do vereador Raphael Gustavo dos Santos (PSD), que declara o evento Spring Break Viçosa como Patrimônio Cultural Imaterial do município.

Imagem do público da edição de 2023 do festival SpringBreak. Foto por: Gui Photographer

Segundo o projeto, a medida pretende reconhecer a relevância social, cultural e econômica da festa, realizada anualmente e que atrai milhares de visitantes. 

Pontos favoráveis à proposta

O criador da Spring Break, Lucas Marilton dos Santos Silva, foi à reunião para defender a proposta . “Para muitos, festa em Viçosa é sinônimo de bagunça. Para mim, desde o início, foi fonte de renda. Gera emprego para trabalhadores, movimenta bares, hotéis, comércio local e ambulantes.”

Já autor da proposta, Raphael Gustavo, disse que o reconhecimento oficial pode fortalecer a identidade cultural do município. “A Spring Break já é uma tradição consolidada, principalmente entre a comunidade universitária. Não se trata apenas de uma festa privada, mas de uma manifestação coletiva que gera integração social e movimenta a economia. Outros eventos pagos, como o Carnaval do Rio e o Festival de Parintins, também são reconhecidos como patrimônio cultural”, argumentou.

Câmara Municipal de Viçosa em assembleia. Foto: Divulgação/Câmara de Viçosa

Pontos contrários

Apesar da aprovação, houve votos contrários à proposta. Os vereadores Professor Idelmino (PCdoB) e Jamille Gomes (PT) questionaram os critérios utilizados para que a câmara reconheça festas como patrimônio imaterial do município.

Para Idelmino, a Spring Break foge destes critérios por ter origem em outro país e ocorrer em espaço fechado. “Não podemos confundir impacto econômico com identidade cultural”, rebateu. Já Jamille disse que não se trata de desmerecer a festa, mas acredita que a importância econômica não a torna um patrimônio cultural imaterial. “O reconhecimento deveria ser feito sob outra ótica, como o impacto econômico e social do setor de eventos, e não nesse formato”, declarou.

Ao final da votação, a maioria dos parlamentares acompanhou a defesa do autor, garantindo a aprovação do projeto em definitivo. O PL segue agora para sanção do prefeito Ângelo Chequer (União). 

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