Enem Internacional: Mec avalia ampliar prova para países do Mercosul

Segundo o Ministro da Educação, o objetivo é abrir as portas das universidades brasileiras para alunos estrangeiros já em 2026. O exame também deve substituir o principal teste de avaliação das escolas do país. 

Ministério da Educação estuda aplicar Enem na Argentina, Uruguai e Paraguai

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a ideia é expandir o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para outros países do Mercosul. Ele declarou também que a partir do ano que vem o teste substituirá o principal mecanismo de avaliação da educação básica no Brasil. O Inep trabalha em estudos da viabilidade da atualização já em 2026. Os anúncios foram feitos após o segundo dia de aplicação do Enem este ano. 

A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) é levar o teste em português para as cidades de Buenos Aires, Montevidéu e Assunção, respectivamente, as capitais da Argentina, Uruguai e Paraguai, tanto para estrangeiros, quanto para brasileiros morando no exterior. Os estudantes  pelas mesmas vagas das universidades que estão no Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Santana disse que ainda não há uma estimativa de impacto econômico da medida e que deseja ter dados mais concretos.

– Será uma coisa inédita, que tem sido cobrada do ministério. O tempo é curto para definir isso porque temos que resolver tudo já para as inscrições (o edital é publicado em maio). O Inep vai correr, vamos anunciar nos próximos meses do ano que vem se vai ser possível ou não, mas queremos muito pela primeira vez aplicar essa prova nos países do Mercosul – afirmou.

AMPLIAÇÃO DE VAGAS

ENEM 2025 - DOMINGO (16) – RIBEIRÃO PRETO (SP) – Movimentação na saída dos candidatos após cinco horas de prova — Foto: Érico Andrade/g1
ENEM 2025 – DOMINGO (16) – RIBEIRÃO PRETO (SP) – Movimentação na saída dos candidatos após cinco horas de prova — Foto: Érico Andrade/g1

O objetivo da expansão, segundo ele, é abrir as portas das universidades brasileiras para alunos dessa região. Santana disse que as obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR), foram retomadas e deve ser concluída em 2026, em sincronia com a expansão do Enem.

Responsável pela aplicação da prova, o presidente do Inep, Manuel Palácios, disse que estuda fazer o exame em formato digital nos países vizinhos.

Já a utilização do Enem como principal prova para avaliação do ensino médio do país já foi definida para ser aplicada a partir do ano que vem.

Atualmente, os estudantes do final do ensino médio precisam fazer duas provas. Uma delas é a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia a cada dois anos a aprendizagem de todas as escolas públicas do país, além de uma amostra das privadas. O resultado desse teste é um dos componentes da nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Depois, o aluno precisa fazer o Enem, que serve para selecionar os que tiram as maiores notas para o ensino superior.

A partir de 2026, foi definido que os alunos farão uma prova só, a do Enem, que vai servir para as duas tarefas. Essa é uma ideia anunciada no final do Enem de 2024, que tem apoio entre secretários de Educação do país. A avaliação desse grupo é que o aluno motivado para ir bem na prova do Enem, já que ele concorre por ali a uma vaga no ensino superior, pode aumentar o Ideb das redes.

O Saeb vai continuar para os outros anos, mas no terceiro ano do ensino médio será o Enem. Por que isso? Primeiro que vai ser todo ano e depois, para fazer a prova do Saeb e fazer a prova do Enem, muitas vezes o aluno estava desmotivado – afirmou Camilo Santana.

Isabela Dias – 116508

COM 365 | Jornalismo | UFV

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